terça-feira, 28 de junho de 2011

PAI... MEU HEROI




Hoje, criança não sou mais,
hoje já não vive a sua plenitude
dos dias de ontem como queria.
Queria essa plenitude de ontem
ao meu lado, tendo a impressão
do seu ombro amigo hoje.

Hoje sua esposa, filhos e teu lar
ou seu trabalho que já ficou pra traz,
me dizem que realizou tudo ou
poderia ainda realizar.
Hoje a saudade ficou,
hoje sinto a sua falta e 
de seu ombro amigo.

Hoje queria meus olhos todo voltado a você,
hoje queria o seu abraço e sua atenção.
Sempre agradeço a Deus por ter sido meu Pai,
Pai, que por motivo fútil me deixou,
essa distancia dos olhos e presença.
Hoje essa alegria de ser seu filho é triste.

Quando cheguei pra alegrar sua vida
teu coração se encheu e quase explodiu
de felicidade e sei que pelos meus irmão foi igual.
Seu sorriso acanhado, maroto e curioso
não se continha em me ver,
frágil num minúsculo berço.

O tempo passou e seu passos
já curtos e lentos e tudo me preocupa,
pela sua fragilidade.
Nesta fragilidade muitas riquezas
nos mostrou em sua vida e
ao lado de todos que o amavam.

Ontem quando lhe vi
essa fragilidade estava abalada,
e ao sentir minha presença se fez forte
pra me ver feliz e sem dor.
Tantas riquezas meu pai,
você me deu através do teu amor.

Naquele quarto minha imagem ficou
e ali seus olhos azuis fechou,
fechou pra viver outra vida
em prol eu sei a quem precisar.
Saudades e dor por ti senti,
desespero de te perder,
e não poder dizer... meu Pai.
Pai, você foi meu herói;
Pai, você foi meu amigo e tudo que um Pai pode ser.

Autor: Edison de Oliveira Cardoso

Poeta e escritor
Edison de Oliveira Cardoso